"Se meus amigos tão morrendo, eu vou morrendo junto, quando eu fizer nova amizade eu já virei defunto, e meu cadáver tem vivacidade e violência, só não tô morto porque tudo vira experiência". O trecho é da música Trilha Sonora para o Fim do Mundo, nona faixa do disco Rolê nas Ruínas, lançado em abril de 2020 pelo cantor e compositor cearense Mateus Fazeno Rock. Esse é o disco de estreia de Mateus, que traz letras que relatam as experiências vividas pela juventude afroindígena favelada em movimento pela vida urbana. A sonoridade é o que o artista chama de Rock de Favela, mesclando elementos do rock, reggae, R&B, grunge, punk e funk nacional. "É Rock de Favela porque é sobre favela, é produzido a partir desse lugar, trás as questões desse lugar, seja de dor, seja de festa. Se for pensar, o rock surge através do povo preto e ele, ao longo da história, foi sendo ressignificado e se tornou uma cultura branca hegemônica. Os maiores ídolos do rock, inclusive meus também, são brancos e são europeus, então quando eu uso esse termo [rock de favela] eu tento retomar um caminho, um lugar e também cutucar, apontar uma questão", explica Mateus. Nessa edição do Ceará Sonoro, a jornalista Carolina Areal conversa com Mateus Fazeno Rock sobre a produção do álbum Rolê nas Ruínas, desigualdade social e racial, e a realidade da pandemia do novo coronavírus no bairro Sapiranga, em Fortaleza, onde o artista mora. Ouça a entrevista* com Mateus Fazeno Rock: *A entrevista foi realizada no dia 14 de maio, pelo aplicativo Skype. Por conta da pandemia de Covid-19, os servidores da Rádio Universitária FM estão trabalhando em home office. O podcast Vamos Mostrar Cultura é uma produção da Rádio Universitária FM 107,9. Comentários e sugestões para site@radiouniversitariafm.com.br > Foto de Capa: Nay Oliveira
> Apresentação e produção: Carolina Areal
> Edição: Igor Vieira
> Coordenação de Conteúdo: Igor Vieira
> Coordenação Geral: Nonato Lima
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