O Podcast Arquivo Vivo desta semana conta a história de Florisvaldo de Oliveira, conhecido como Cabo Bruno, que se dizia justiceiro e era contratado para matar desafetos de comerciantes da zona sul de São Paulo. Ele circulava com um opala preto em suas rondas da morte, depois de usar seus próprios critérios para decidir quem viveria ou morreria. Uma tabela de preços era usada pelo matador profissional para cobrar dos clientes conforme a importância de cada vítima.

Renato Lombardi trabalhava no Estadão e Percival de Souza no Jornal da Tarde quando Cabo Bruno foi preso. Em determinada ocasião, Percival foi convidado para almoçar no Presídio de Barro Branco, onde foi servido pelo assassino condenado a 117 anos – ele cumpriu 28 anos na cadeia, quase um recordista de permanência, perdendo apenas para o Bandido da Luz Vermelha. Ao deixar a penitenciária, aos 53 anos, Cabo Bruno passou a frequentar uma igreja no interior paulista e acabou fuzilado na saída de um culto. O homem que amealhou inimigos, desafetos e deixou uma marca de ódio por onde passou com seu opala preto, estava marcado para morrer.