Cafezinho 539 - A bela tragédia

7 nov 2022 · 11 min. 37 sec.
Cafezinho 539 - A bela tragédia
Descrizione

Cafezinho 539 – A bela tragédia “Se pergunto a mim próprio como decidir se determinada interrogação é mais premente do que outra qualquer, concluo que a resposta depende das ações...

mostra di più
Cafezinho 539 – A bela tragédia “Se pergunto a mim próprio como decidir se determinada interrogação é mais premente do que outra qualquer, concluo que a resposta depende das ações a que elas incitam, ou obrigam. Galileu, que possuía uma verdade científica importante, dela abjurou com a maior das facilidades deste mundo, logo que tal verdade pôs a sua vida em perigo. Fez bem, em certo sentido. Aquela verdade não valia a fogueira. Qual deles, a Terra ou o Sol gira em redor do outro, é profundamente indiferente pra nós. A bem dizer, é um assunto fútil. Em contrapartida, vejo que muitas pessoas morrem por considerarem que a vida não merece ser vivida. Outros vejo que se fazem paradoxalmente matar pelas ideias ou pelas ilusões que lhes dão uma razão de viver (o que se chama uma razão de viver é ao mesmo tempo uma excelente razão de morrer). Julgo, pois que o sentido da vida é o mais premente dos assuntos – das interrogações. E como responder-lhe?” Quem escreveu esse texto foi Albert Camus, em O Mito de Sísifo. Já Rubem Alves escreveu assim: “Nietzsche, no seu livro O nascimento da tragédia, observou que os Gregos tinham um agudo senso da tragédia.  Para eles, a tragédia permanecia tragédia até o fim, não tinha um final feliz.  Os Cristãos, ao contrário, não sabem o que é tragédia. No final das contas tudo se resolve para melhor no outro mundo. E ele se pergunta: Sendo assim possuídos por esse sentimento trágico da vida, por que é que os Gregos não se suicidaram? E a sua resposta foi: Porque eles conquistaram a tragédia pela beleza. A tragédia continuava tragédia. Nada havia que a amenizasse. Mas a beleza a transfigurava. A beleza a tornava suportável! Mais do que isso: era mesmo possível amar a tragédia o que explica as razões por que o povo voltava sempre ao teatro para sofrê-las de novo! Se não me engano, num dos versos das Elegias de Duino, Rilke diz que o Belo é o trágico que contemplamos sem que ele possa nos destruir.” Entendeu? Belo é o trágico que contemplamos sem que ele possa nos destruir. Continuo a reflexão neste vídeo. https://www.youtube.com/watch?v=fLzydv2MwjA   Gostou? De onde veio este, tem muito, mas muito mais. Torne-se um assinante do Café Brasil e nos ajude a continuar produzindo conteúdo gratuito que auxilia milhares de pessoas a refinar seu processo de julgamento e tomada de decisão. Acesse http://mundocafebrasil.comSee omnystudio.com/listener for privacy information.
mostra meno
Informazioni
Autore Duarte Calisto
Organizzazione Duarte Calisto
Sito -
Tag

Sembra che non tu non abbia alcun episodio attivo

Sfoglia il catalogo di Spreaker per scoprire nuovi contenuti

Corrente

Copertina del podcast

Sembra che non ci sia nessun episodio nella tua coda

Sfoglia il catalogo di Spreaker per scoprire nuovi contenuti

Successivo

Copertina dell'episodio Copertina dell'episodio

Che silenzio che c’è...

È tempo di scoprire nuovi episodi!

Scopri
La tua Libreria
Cerca