Cafezinho 536 – Baita gritaria Quem me acompanha há algum tempo sabe que os assinantes dos diversos planos do Café Brasil, trocam ideias em grupos fechados no Telegram. Entre eles, o grupo da Confraria, que é febril. É normal ter 200, 300 mensagens num dia, tratando dos temas mais diversos. E como ali é um microcosmo “controlado”, não acontecem as baixarias das áreas de comentários das redes sociais, que parecem mais fábricas de malucos. Quem está naqueles grupos escolheu estar ali, e sabe que precisa conviver com ideias que são diferentes das suas. É claro que quem entra lá sabe de minha inclinação político/ideológica, que certamente atrai pessoas com pensamento parecido com o meu. Portanto, a Confraria é um grupo que tende à uma posição liberal/conservadora. A turma da esquerda não tem vida fácil lá, por isso muitos saem reclamando, ao serem contestados. Atenção: eu disse contestados, com argumentos, e não com ataques. Mas o que me deixa sempre fascinado, são os movimentos que surgem na Confraria, e que são uma amostra excelente de como seu “espírito de colmeia” se revela. De quando em quando aparece um movimento para ajudar alguém, algum projeto, para promover alguma ação social. E então, magicamente, pessoas que nunca se viram, se juntam para cumprir tarefas que não lhes trarão nenhum benefício direto. Sacrificam seu tempo, seu dinheiro e sua energia pela sensação de ajudar o grupo a realizar uma missão. Isso implica numa alta dose de generosidade, na capacidade de dar valor àquilo que é intangível e, principalmente, na empatia, a capacidade de se colocar no lugar dos outros. E o mais fascinante: ninguém ali é obrigado a isso. E sempre, sempre, dentro de um grupo de mais de 800 pessoas, surgem uns 20 abnegados que compram os desafios, se unem e, sem julgar um ao outro, sem querer saber quem vota em quem, sem querer saber a ideologia do beneficiado, provocam impacto nas vidas de outras pessoas. A Confraria funciona embalada por uma frase que adaptei de um pensador conservador chamado Roger Scruton: “É melhor encontrar o que você ama e trabalhar para defender, do que procurar o que você odeia a agir pra destruir.” O quê? Você não conseguiu ouvir? Ah, a gritaria tá alta demais, não é? Pois é... Continuo a reflexão no vídeo.
https://www.youtube.com/watch?v=It6O_0MNg5k See
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