Quando estive no Museu Aeroespacial do Smithsonian em Washington, a coisa que mais me impressionou foi a minúscula cápsula espacial do Projeto Mercury, que colocou o primeiro astronauta norte americano em órbita em 1962. Que coragem de John Glenn de entrar ali e ser lançado para o incerto, sem saber se retornaria. Impressionante. Aquela era uma época de gente que fazia acontecer, de lideranças que assumiam riscos. Aquela era uma época em que os planos eram levados a sério, de gente responsável e compromissada com a ação. Hoje vejo estruturas complexas, gente superficial e planos. Planos, planos e mais planos. Todo mundo apresentando planos com nomes pomposos e depois esperando que se transformem em ação. Como mágica. São raras as lideranças que sentam a bunda no foguete e partem para a ação. Todo mundo quer livrar o seu. Decisão? Só se for num comitê, com a responsabilidade compartilhada com muita gente. Fazer acontecer? Só depois que outros fizerem. Sabe o que que é isso? É resultado de um processo de ampliação do medo. O mundo nunca esteve tão bem, por qualquer indicador que você pesquise, mas nunca tivemos tanta certeza de que o futuro será terrível. Portanto, evite riscos, não saia do rebanho, não invente moda, não tente provar seu ponto, especialmente se ele estiver fora da convenção social... Se ele não concordar com a patota. Enquanto isso os chineses, disciplinados, comprometidos, focados num objetivo comum, traçado em planos que já têm 30 ou 50 anos, dominam o planeta. Sem medo. No mundo de hoje, caótico, competitivo e apressado, não vence mais só quem tem o melhor plano, a melhor tecnologia, mais velocidade ou se adapta com facilidade. Vence quem não é cagão. Este cafezinho chega a você com apoio do Cafebrasilpremium.com.br, conteúdo extraforte para seu crescimento profissional. Versão do Youtube:
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