Olá, hoje é terça-feira 28 de junho de 2022, meu nome é Sérgio Luiz Sousa, assessor de Agronegócios em Campos Novos (SC), e vamos falar sobre o cenário do trigo.

Uma curiosidade sobre o trigo e sua relação com a evolução da agricultura diz respeito a sua origem e remonta mais de 10 mil anos A.C: A Mesopotâmia (hoje Egito e Iraque) registrou as primeiras colheitas; o grão era então consumido numa espécie de papa, misturado com peixes e frutas.

Chegou ao Brasil pela mão dos portugueses somente em 1534. Embora tenha múltiplas aplicações é conhecido basicamente pelo potencial de produzir a farinha para panificação, que no processo de moagem, rende cerca de 75% do peso do grão beneficiado. As farinhas são nomeadas pela quantidade de casca do grão de trigo misturada a elas.

Passando agora para uma análise da conjuntura atual da cultura, destacamos que a safra brasileira 2022 encontra-se com o plantio em andamento e vem acontecendo normalmente, com parte das lavouras em germinação e parte em desenvolvimento vegetativo, preponderantemente.

Em Santa Catarina por exemplo, a expectativa de plantio é de 95 mil hectares, aumento de 10% em relação ao ano anterior. Regiões mais altas (Meio Oeste e Oeste), são as últimas a iniciarem a semeadura, mas o fazem de modo mais eficiente, para adequar-se a estreita janela temporal.

No Paraná, a expectativa se mantém para plantio de 1,17 milhão de hectares, valor 4% menor que a safra passada. O estado já plantou 82% da área projetada.

O Rio Grande do Sul, de acordo com a Emater, tem a expectativa de aumento da área em 15%, chegando a 1,41 milhão de hectares. Este número eleva o cultivo deste grão a novos patamares, conduzindo os gaúchos a um recorde histórico, motivado pelos bons preços praticados na região.

Outros estados, entre eles São Paulo, Minas Gerais e Goiás seguem a tendência de ampliação da área, com aumento de 11%, 41% e 9% respectivamente.

O valor do produto no mercado interno continua influenciado pela conjuntura deste no mercado internacional, com tendência altista, associada ao conflito bélico entre dois dos principais países exportadores, além de restrições as exportações indianas e diminuição da área de cultivo argentina.

O indicador Cepea/Esalq-Paraná registrou no último dia 20 o recorde nominal da série histórica iniciada em 2004, com a tonelada do cereal cotada a R$ 2.208,37. O produto continua sendo comercializado no Brasil próximo a R$ 110 a saca.

E como podemos ajudar nossos clientes nesse momento? O Banco do Brasil disponibiliza a contratação de custeio agrícola para este e outros grãos de inverno, estação que se inicia. Consulte sua agência BB e parceiros agro, para outras informações.

Conte sempre com a assessoria especializada em agronegócios e com toda equipe do Banco do Brasil. Fica a dica de crédito consciente e sustentável. Até a próxima!