16/05/2022 - Estimativas de safra de USDA e Conab
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BBcast Agro apresenta: Cenários Agro Olá! Hoje é segunda-feira, 16 de maio de 2022. Meu nome é Jefferson Piccini, sou o cenarista de Agronegócios do Banco do Brasil e falaremos...
mostra di piùOlá! Hoje é segunda-feira, 16 de maio de 2022. Meu nome é Jefferson Piccini, sou o cenarista de Agronegócios do Banco do Brasil e falaremos sobre as projeções de safra divulgadas pelo USDA e Conab. Novamente um podcast um pouco mais longo que o de costume, mas trazendo informações relevantes para o produtor.
Na última quinta-feira dia 12 de maio de 2022, o USDA divulgou o primeiro relatório de oferta e demanda para a safra 22/23, trazendo as primeiras estimativas oficiais para a safra norte-americana, que segue em processo de cultivo. As projeções de soja e milho apontaram dados aderentes às informações divulgadas no Outlook e às expectativas do mercado. Agora, vamos abordar de forma mais detalhada as projeções de soja e milho.
Para a soja, foi projetado incremento de 4,4% na área cultivada em relação à safra anterior, sendo estimado o cultivo de 36,46 milhões de hectares. Essa área recorde cultivada também deverá resultar na maior produção de soja já obtida pelo país: 126,3 milhões de toneladas, quantidade 4,6% superior à obtida na safra 21/22. O clima segue como fator de atenção, visto o cultivo cobrir apenas 12% da área até o dia 08 de maio, ante 39% em igual período de 2021.
Para a safra brasileira 21/22, que está em fase final de colheita, o USDA manteve a projeção de produção de 125 milhões de toneladas, enquanto a Conab elevou sua projeção para 123,8 milhões de toneladas. O IBGE estimou a safra brasileira em 118,5 milhões de toneladas, dados um pouco mais aderentes ao observado no rendimento das colheitas.
Para o milho, o USDA também trouxe dados com o mesmo direcionamento esperado pelo mercado, com parte da área do cereal sendo migrada para a soja. Dessa forma, as projeções indicam que serão cultivados na safra 22/23 nos Estados Unidos 33,06 milhões de hectares com milho, o que representa uma redução de 4,3% frente ao cultivado na safra anterior. Isso resultará na redução desse mesmo percentual na produção esperada, estimada em 367,3 milhões de toneladas.
Fato importante e que reflete diretamente na oferta mundial de milho foi a perspectiva de redução de 54% na produção ucraniana na safra 22/23 e de 61% nas exportações do país, estando disponível para comercialização internacional apenas 9 milhões de toneladas, ante 21 milhões de toneladas na safra anterior. A Ucrânia era o 4º maior exportador mundial de milho.
No Brasil, a segunda safra 21/22 está em fase de desenvolvimento, e o clima segue afetando a produtividade em alguns estados do Centro-Oeste. Os técnicos do Banco, os ATR, já estimam redução de 1 milhão de toneladas no Mato Grosso e 500 mil toneladas no Goiás. Dessa forma, é provável que as projeções de safra para o Brasil ainda sigam em revisão, visto que as estimativas do USDA mantiveram a produção brasileira em 116 milhões de toneladas. Já Conab, reduziu em 1 milhão de toneladas a projeção de safra 21/22 nacional, de 115,6 milhões de toneladas para 114,6 milhões de toneladas.
Voltando novamente a atenção para a safra 22/23 norte-americana, o relatório de acompanhamento de cultivo e condições das lavouras, que será divulgado pelo USDA na tarde de hoje, deverá trazer movimentações ao mercado, visto que são aguardados dados que demostrem um avanço mais robusto do plantio, dadas as perspectivas de clima favorável na semana anterior.
A relevância do relatório se dá pelo fato de que, a partir de agora, cada dia de atraso no cultivo pode resultar na redução de 1% na produtividade das lavouras, a depender da região de cultivo. Além das questões de fotoperíodo, que afeta o desenvolvimento da planta, o milho necessita de dias quentes e noites frias, sempre com umidade, para que a polinização que ocorre no mês de julho, transcorra dentro da normalidade.
É de se relevar também a questão do cultivo de grande quantidade de área em um curto período de tempo, pois, caso ocorram adversidades climáticas, uma grande parte das lavouras que esteja em período crítico para definição de produtividade pode ser afetada. Outro fato é que caso persista o atraso no cultivo do milho, parte da área que seria destinada ao cultivo do cereal poderá ser migrada para a soja, visto o ciclo de produção inferior da oleaginosa: três meses ante quatro meses do milho.
Esses fatores adicionam volatilidade no mercado, mas também trazer oportunidades. Os momentos de combinação de baixa cambial e das cotações internacionais do milho podem ser aproveitados pelos pecuaristas que necessitam de ração para efetuar opções de compra, protegendo seu custo de altas.
No caso da soja, momentos de elevação da cotação do dólar e da soja na CBOT podem ser aproveitados pelos produtores que ainda possuem o produto para comercialização para se proteger de baixas futuras no preço, vista a previsão de maior oferta de soja com a colheita da oleaginosa nos EUA, fator que já vem sendo precificado nos contratos com vencimento próximos à colheita do país, como os de setembro e novembro.
Assim, é bom momento para o produtor aperfeiçoar a gestão e utilizar as Opções Agro BB. Faça a simulação e contrate no app do Banco ou converse com seu gerente para mais informações.
Conte sempre com a assessoria especializada em agronegócios e com toda a equipe do Banco do Brasil. Fica a dica de crédito consciente e sustentável. Obrigado e até a próxima!
Banco do Brasil, pra tudo que o agro imaginar.
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