Olá! Hoje é segunda-feira, 11 de novembro de 2024, sou Fabíola Lira, estou assessora de Agronegócios e trago a vocês hoje as expectativas da equipe de inteligência competitiva do Agronegócio do Banco do Brasil para o movimento de preços no curto prazo para as commodities soja, milho, café e boi gordo. Iniciando com a soja, espera-se que Com a vitória de Donald Trump nas eleições presidências dos Estados Unidos, o mercado especulará sobre a possibilidade de o Governo eleito travar uma guerra comercial com a China, o que poderá desencadear transferência da demanda chinesa dos Estados Unidos para outros mercados, em especial, o Brasil. Os mercados se ajustarão aos dados do Relatório de oferta e demanda que o USDA divulgou na sexta-feira (08/11). A previsão climática para os próximos sete dias, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia – INMET, é que teremos chuvas em todas as regiões produtoras de soja do Brasil, embora em volumes diferentes. Com a recuperação da umidade do solo, a expectativa é que o plantio da soja siga avançando de forma bem significativa, com desenvolvimento bastante positivo das lavouras. Já a colheita da safra norte-americana avança para o final com produção recorde, que, combinado com as boas previsões climáticas para o Brasil e preparativos para o início da safra argentina, esses fatores pressionarão as cotações na CBOT. Assim, no mercado interno, no curto prazo, a cotação do dólar e a pouca oferta de soja disponível, manterão as cotações em estabilidade, enquanto para o médio e longo prazo, os vieses são de baixa. No tocante ao milho, O relatório semanal divulgado pelo USDA indicou que a colheita da Safra 2024/25 americana atingiu 91% da área total, estando treze pontos percentuais acima que o mesmo período do ciclo anterior. Conforme a Bolsa de Cereais na Argentina, o plantio de milho comercial para grão no país foi estimado em 37,2% da área projetada de 6,3 milhões de hectares. O órgão espera que para a Safra 2024/25 sejam produzidas 47 milhões de toneladas, contrapondo as expectativas do USDA, que são de 51 milhões de toneladas. No Brasil, a Conab divulgará no dia 14 de novembro seu 2º Levantamento Safra 2024/25, e o mercado acompanhará as perspectivas do órgão com relação à 1ª e 2ª safra do cereal, além dos estoques finais do ciclo anterior e previsto. Conforme dados do Instituto Nacional de Meteorologia, o clima deve ser favorável para as principais regiões produtoras do milho 1ª safra (verão), com chuvas regulares e bem distribuídas. Os preços internos podem se manter estáveis com viés de alta, uma vez que o produtor pode continuar cauteloso nas vendas, buscando maiores preços. Para o café, As chuvas trazem as primeiras floradas aos cafezais do Brasil, mas não devem ser suficientes para reverter os danos já ocorridos nas lavouras. A desvalorização do Real frente ao dólar está influenciando as cotações do mercado físico no Brasil, com alta nesses preços. Por outro lado, há baixa liquidez na comercialização por parte dos cafeicultores; Já o Vietnã, maior exportador de café robusta, vem lidando com a menor oferta em função de problemas climáticos, exportou 1,15 milhão de toneladas métricas de café nos primeiros dez meses deste ano, apresentando uma queda de 11,2% em relação ao mesmo período de 2023. Isso, por outro lado, tem impulsionado as exportações brasileiras desse tipo de grão. E finalizando com o Boi Gordo temos que A tendência de valorização da cotação no mercado físico deve se manter durante a semana. A indústria frigorífica segue firme nas compras e o baixo nível de estoque no mercado atacadista pode favorecer o pecuarista nas negociações. O mercado de reposição deve apresentar movimento de alta, seguindo a valorização do animal terminado, uma vez que com a entrada da estação chuvosa e o começo da produção de folhas nas pastagens das principais regiões produtoras, a liquidez nas comercializações do bezerro e do boi magro deve melhorar. A valorização do dólar também deve manter o mercado externo aquecido, uma vez que a cotação do Boi Gordo na referência CEPEA/São Paulo deve seguir com preços atrativos para o comprador internacional, especialmente em relação aos principais compradores da carne brasileira. A relação de troca entre o Boi Gordo e a saca de milho deve seguir favorável ao pecuarista, estimulando os negócios, a produção e favorecendo o caixa do pecuarista, proporcionando condições de investimento em pastagens e demais produções de volumoso. Na B3, pode haver oscilação nas cotações, uma vez que na semana anterior houve fortes altas em dias consecutivos. Ainda assim, o movimento de alta deve continuar. O volume de negócios de contratos também segue em alta, gerando liquidez ao mercado e estimulando essa valorização. Desejamos a todos os nossos clientes uma excelente semana, bons negócios e até a próxima!
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