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  • Do possível fim da pandemia ao provável fim do mundo

    13 MAG 2020 · A crise do COVID-19 tem promovido ao menos três crenças entre os brasileiros: a de que o neoliberalismo não produz um modo de vida sustentável, a esperança de que teremos um novo padrão de normalidade quando a pandemia passar e a certeza de que “isto vai passar”. A herança da colonização nos faz olhar para a Europa e admirar a capacidade deles reagirem à crise sanitária. Fazemos comparações e sonhamos com o dia em que também venceremos o pico da pandemia, pelo menos o primeiro dos possíveis muitos deles. Nosso futuro, mais uma vez, é a Europa? Neste episódio, conversamos com o espanhol Pablo De Soto, arquiteto, Doutor em Comunicação pela UFRJ e professor visitante da UFPB, sobre como é ser um sobrevivente do futuro. Nada animador. Claro, das mais de mil mortes diárias, a Espanha tem registrado “apenas” centenas, menos de duzentas por dia. Isso indica o tão sonhado achatamento da curva, mas Pablo conta que lá no futuro ainda se discute a necessidade de um sistema público de saúde, há quem ainda precise defender melhores remunerações para profissionais de área, o desemprego subiu 10%, pessoas precisam de ajuda para se alimentar, os países da União Europeia precisam encontrar por si mesmos as soluções para os seus problemas. E a extrema direita, que está na oposição do governo espanhol, avança, como em boa parte do planeta. A partir da realidade, da história, dos fatos, da ciência, especulamos sobre o fim do mundo. Concordamos com pensadores como Eduardo Viveiros de Castro, Débora Danowski, Donna Haraway e Ailton Krenak com relação à crença de que nosso futuro não pode ser a Europa, ou os EUA ou a China. O futuro é a Amazônia. Defendemos uma maneira menos esperançosa e mais pessimista de encarar a pandemia como um dos problemas que estão por vir. Mas não se trata do pessimismo melancólico da bipolaridade capitalista que o contrapõe à felicidade esquizofrênica. Falamos do pessimismo alegre dos índios, que, conforme diz Viveiros de Castro, são especialistas em fim de mundo, têm muito a nos ensinar sobre como viver em um território saqueado, explorado, destroçado. Pra ouvir o 7º episódio do PodeMandarÁudio, siga @podmandar no Instagram ou busque pelo nome nas principais plataformas: #Spotify, #Deezer, #ITunes, #Spreaker etc.
    Ascoltato 51 min. 17 sec.
  • Como ser transante na quarentena?

    7 MAG 2020 · 53º dia da quarentena, a memória já nem lembra direito a última vez em que seu corpo esteve em contato físico com outro corpo humano. A carentena começa a bater e a incerteza sobre quando tudo isso vai acabar só torna a situação pior. Se você está cumprindo o distanciamento corretamente ( e é bom que esteja) e não está dividindo o mesmo teto com seu/sua parceir@, a preocupação com sua vida afetiva e sexual certamente já passou pela sua cabeça. Provavelmente, a sexual mais do que a afetiva, certo? O Pode Mandar Áudio desta semana convida a roteirista, atriz e mestra em Artes da Cena pela UFRJ Poliana Paiva para conversar sobre transância em tempos de Corona Vírus. Claro que existem coisas mais importantes para falar neste momento (em outros episódios, já falamos de muitas delas), mas não vamos negar que esse é um assunto que tem martelado a cabeça de muita gente.
    Ascoltato 49 min. 52 sec.
  • Da pele à tela: os impactos da mediação digital e um novo jeito de estar junto

    28 APR 2020 · E se a gente não puder mais tocar outras pessoas? E se nossas peles perderem a capacidade de sentir o toque do outro? E se não pudermos mais fazer encontros presenciais? A partir da reflexão de especulações distópicas como essas, Francine Tavares recebe Cris Lustosa e Ivan Mussa para um papo sobre os impactos do excesso de mediação digital nas nossas relações sociais. Compreendendo que a nossa relação com a tela e com as tecnologias digitais não é nova, mas que tem crescido substancialmente neste período de quarentena da COVID-19, refletimos sobre as mudanças provenientes do excesso de contato com elas, em contraposição à diminuição de contato humano. Cris Lustosa, pós-produtora audiovisual e pós-graduanda em Psicomotricidade, ressalta o valor do contato com organismos vivos e a importância de mantermos nossos corpos ligados a eles, seja com plantas e animais, durante a quarentena. Ivan Mussa, Doutor em Comunicação pela UERJ e professor substituto na UFRN, embora reconheça que estejamos, desde a década de 1970, vivendo uma temporalidade mais acelerada do que o que nosso corpo está habituado, defende que não deva existir uma separação estanque entre digital e real, pois são as tecnologias de hoje que permitem controlarmos o avanço do vírus e vislumbrarmos a cura, além de permitir a manutenção dos contatos com quem amamos.
    Ascoltato 47 min. 34 sec.
  • A autoestima do sujeito comum e o poder de refutar ciência com opinião

    22 APR 2020 · Francine Tavares recebe Melina Vaz, doutora em Psicobiologia e cartunista, para falar sobre Ciência e Opinião no contexto atual. A partir da discussão sobre as condições de possibilidade de emergência da autoestima do sujeito comum, que acredita ser capaz de opinar sobre todo e qualquer assunto em nome da liberdade de expressão e do direito de ser ele mesmo, Francine Tavares reflete sobre como a perda da noção de inimigo externo da Modernidade, marcada pelo paradigma da imunização (Esposito, 2002), reforça o paradigma da afirmação nas sociedades contemporâneas (Byung-Chul Han, 2018) quando se trata da relação do indivíduo com a verdade - em especial, a científica. Em outra perspectiva, Melina Vaz lança uma crítica ao modo como Ciência, Educação e Mídia abordam o conhecimento científico e dificultam tanto a compreensão do seu processo quanto o reconhecimento do seu valor. De maneira empática ao sujeito comum, Melina afirma que refutar ciência com opinião não é apenas possível como também uma realidade.
    Ascoltato 47 min. 56 sec.
  • O tédio na COVID-19 ou como a Sociedade do Cansaço faz você querer ser útil o tempo todo

    15 APR 2020 · O confinamento indicado pela OMS para o controle da pandemia do Covid-19 tem feito a geração Netflix lidar com uma emoção até então desconhecida: o tédio. Junto a ele, a mesma geração multifacetada tem tido que gerenciar a ansiedade proveniente da já conhecida exigência de produtividade. Curioso é que, só agora, diante de uma pandemia que exige a experiência do tédio profundo, a gente tenha se dado conta de quão dependendes de uma sensação de utilidade nós estamos. Analisando conceitos do badalado livro A sociedade do Cansaço, de Byung-Chul Han, Francine Tavares (Professora e Doutoranda em Comunicação) e Márcio Andrade (Doutor em Comunicação e roteirista e produtor audiovisual de Recife) tecem reflexões sobre tédio, cansaço, produtividade e espaço público e privado no contexto do Coronavírus - mas não apenas. Se você espera um podcast que lhe ajude a ser mais produtivo no meio da pandemia, passe para o próximo. Caso queria pensar um pouco sobre o porquê desse incômodo ou a sensação de estar produzindo pouco, Pode escutar o áudio!
    Ascoltato 47 min. 3 sec.
  • O tempo da franqueza nas relações não-monogâmicas

    7 APR 2020 · Existe um momento certo para falar sobre não-monogamia? É realmente necessário contar para crushs ou ficantes que se é ou que se está em uma relação não-monogâmica? A partir da noção de parresia, definida pelo filósofo Michel Foucault como a "fala franca" que envolve a coragem da verdade, Francine Tavares conversa com Felippe Stellet (professor que está em uma relação não-monogâmica heterossexual há 4 anos) e Michelle Rossi (funcionária pública, bissexual, que tem preferência por relações não-monogâmicas) sobre o momento e a importância da franqueza nas relações que escapam ao padrão normativo da monogamia.
    Ascoltato 48 min. 7 sec.

E se suas conversas com seus amigos se tornassem públicas? A ideia é juntar os áudios enoormes que Francine Tavares troca com seus amigos todos os dias e, especialmente, em...

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E se suas conversas com seus amigos se tornassem públicas? A ideia é juntar os áudios enoormes que Francine Tavares troca com seus amigos todos os dias e, especialmente, em época de quarentena do Coronavirus para compartilhar com o mundo.

O PODe mandar áudio reúne as ideias de uma professora universitária e doutoranda em Comunicação com os conhecimentos acadêmicos e de vida de uma rede de amizade valiosa.

Amor, Morte, Comunidade, Luto, Carnaval e vários temas Sociais e Filosóficos são trazidos nas conversas entre amigos e amigas. Conceitos, teorias e a experiência vivida em diálogo compartilhado toda semana!
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Informazioni
Autore Francine Tavares
Categorie Cultura e società
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