Spinoza - A liberdade humana
7 mag 2021 ·
57 min. 53 sec.
Scarica e ascolta ovunque
Scarica i tuoi episodi preferiti e goditi l'ascolto, ovunque tu sia! Iscriviti o accedi ora per ascoltare offline.
Descrizione
Áudio extraído de videoaula no https://tinyurl.com/yfunusfz Trecho de aula em 04/03/20, no Lab Mundo Pensante. Citações lidas e comentadas no áudio a partir de 33:45 : Se separamos uma emoção...
mostra di più
Áudio extraído de videoaula no canal de Amauri Ferreira no YouTube
Trecho de aula em 04/03/20, no Lab Mundo Pensante.
Citações lidas e comentadas no áudio a partir de 33:45 :
Se separamos uma emoção do ânimo, ou seja, um afeto, do pensamento de uma causa exterior, e a ligamos a outros pensamentos, então o amor ou o ódio para com a causa exterior, bem como as flutuações de ânimo, que provêm desses afetos, serão destruídos. (Ética, 5, Prop. 2, Autêntica Editora)
Com efeito, o que constitui a forma do amor ou do ódio é uma alegria ou uma tristeza, acompanhada da ideia de uma causa exterior. Suprimida, pois, esta última, suprime-se, ao mesmo tempo, a forma do amor ou do ódio. E, portanto, esses afetos e os que deles provêm são destruídos. (Ética, 5, Prop. 2, dem., Autêntica Editora)
A mente compreende que todas as coisas são necessárias, e que são determinadas a existir e a operar em virtude de uma concatenação infinita de causas. Portanto, à medida que compreende isso, a mente padece menos dos afetos que provêm dessas coisas e é menos afetada por elas. (Ética, 5, Prop. 6, dem., Autêntica Editora)
A potência humana é, entretanto, bastante limitada, sendo infinitamente superada pela potência das causas exteriores. Por isso, não temos o poder absoluto de adaptar as coisas exteriores ao nosso uso. Contudo, suportaremos com equanimidade os acontecimentos contrários ao que postula o princípio de atender à nossa utilidade, se tivermos consciência de que fizemos nosso trabalho; de que a nossa potência não foi suficiente para poder evitá-las; e de que somos uma parte da natureza inteira, cuja ordem seguimos. Se compreendemos isso clara e distintamente, aquela parte de nós mesmos que é definida pela inteligência, isto é, a nossa melhor parte, se satisfará plenamente com isso e se esforçará por perseverar nessa satisfação. (Ética, 4, apêndice, cap. 32, Autêntica Editora)
Os afetos que são contrários à nossa natureza, isto é, que são maus, são maus à medida que impedem a mente de compreender. Portanto, durante o tempo em que não estamos tomados por afetos que são contrários à nossa natureza, a potência da mente, pela qual ela se esforça por compreender as coisas, não está impedida. E, por isso, durante esse tempo, ela tem o poder de formar ideias claras e distintas e de deduzir umas das outras. Consequentemente, durante esse tempo, nós temos o poder de ordenar e de concatenar as afecções do corpo segundo a ordem própria do intelecto. (Ética, 5, Prop. 10, dem., Autêntica Editora)
Por meio desse poder de ordenar e concatenar corretamente as afecções do corpo, podemos fazer com que não sejamos facilmente afetados por maus afetos. (Ética, 5, Prop. 10, escólio, Autêntica Editora)
Acompanhe a programação de cursos pelas redes sociais
Livro INTRODUÇÃO À FILOSOFIA DE SPINOZA
AMAURI FERREIRA é professor, escritor e filósofo. Desde 2006 ministra cursos livres de filosofia. É autor dos livros "Simplicidade Impessoal" (2019) e "Singularidades Criadoras" (2014). É também autor de livros introdutórios sobre Spinoza, Nietzsche e Bergson. Visite: https://www.amauriferreira.com
mostra meno
Trecho de aula em 04/03/20, no Lab Mundo Pensante.
Citações lidas e comentadas no áudio a partir de 33:45 :
Se separamos uma emoção do ânimo, ou seja, um afeto, do pensamento de uma causa exterior, e a ligamos a outros pensamentos, então o amor ou o ódio para com a causa exterior, bem como as flutuações de ânimo, que provêm desses afetos, serão destruídos. (Ética, 5, Prop. 2, Autêntica Editora)
Com efeito, o que constitui a forma do amor ou do ódio é uma alegria ou uma tristeza, acompanhada da ideia de uma causa exterior. Suprimida, pois, esta última, suprime-se, ao mesmo tempo, a forma do amor ou do ódio. E, portanto, esses afetos e os que deles provêm são destruídos. (Ética, 5, Prop. 2, dem., Autêntica Editora)
A mente compreende que todas as coisas são necessárias, e que são determinadas a existir e a operar em virtude de uma concatenação infinita de causas. Portanto, à medida que compreende isso, a mente padece menos dos afetos que provêm dessas coisas e é menos afetada por elas. (Ética, 5, Prop. 6, dem., Autêntica Editora)
A potência humana é, entretanto, bastante limitada, sendo infinitamente superada pela potência das causas exteriores. Por isso, não temos o poder absoluto de adaptar as coisas exteriores ao nosso uso. Contudo, suportaremos com equanimidade os acontecimentos contrários ao que postula o princípio de atender à nossa utilidade, se tivermos consciência de que fizemos nosso trabalho; de que a nossa potência não foi suficiente para poder evitá-las; e de que somos uma parte da natureza inteira, cuja ordem seguimos. Se compreendemos isso clara e distintamente, aquela parte de nós mesmos que é definida pela inteligência, isto é, a nossa melhor parte, se satisfará plenamente com isso e se esforçará por perseverar nessa satisfação. (Ética, 4, apêndice, cap. 32, Autêntica Editora)
Os afetos que são contrários à nossa natureza, isto é, que são maus, são maus à medida que impedem a mente de compreender. Portanto, durante o tempo em que não estamos tomados por afetos que são contrários à nossa natureza, a potência da mente, pela qual ela se esforça por compreender as coisas, não está impedida. E, por isso, durante esse tempo, ela tem o poder de formar ideias claras e distintas e de deduzir umas das outras. Consequentemente, durante esse tempo, nós temos o poder de ordenar e de concatenar as afecções do corpo segundo a ordem própria do intelecto. (Ética, 5, Prop. 10, dem., Autêntica Editora)
Por meio desse poder de ordenar e concatenar corretamente as afecções do corpo, podemos fazer com que não sejamos facilmente afetados por maus afetos. (Ética, 5, Prop. 10, escólio, Autêntica Editora)
Acompanhe a programação de cursos pelas redes sociais
Livro INTRODUÇÃO À FILOSOFIA DE SPINOZA
AMAURI FERREIRA é professor, escritor e filósofo. Desde 2006 ministra cursos livres de filosofia. É autor dos livros "Simplicidade Impessoal" (2019) e "Singularidades Criadoras" (2014). É também autor de livros introdutórios sobre Spinoza, Nietzsche e Bergson. Visite: https://www.amauriferreira.com
Informazioni
Autore | Amauri Ferreira |
Organizzazione | Amauri Ferreira |
Sito | - |
Tag |
Copyright 2024 - Spreaker Inc. an iHeartMedia Company