REPARA Repara quantos preto tem na sua universidade Quantos são professores, quantos na referência bibliográfica Repara eurocentrismo, cor dos faxineiro, cor dos patrão Repara dono de corporação, empresário, maçon Repara quem que pega linha 2 pavuna voltando, brt, japeri lotado Quem demora 2 horas pra chegar no centro, quem nem conhece esse centro Repara centralidade Qualidade de vida Repara quem faz yoga, vai pro exterior Quem ganha carro, quem completou ensino superior Quem ja nasce bem e quem rala a vida inteira e morre ninguém Repara quem reclama, repara quem diz que tá tudo bem Repara os sobrenome, as estatísticas Os usuários de crack, morador da zona sul Quem é feio, mas tem olho azul Repara pm, repara capitão do mato Repara casa grande, repara senzala Ladrão solto, inocente preso, população carcerária Repara quem morre e quem deixa morrer Repara as empregada, os filhos sem pai As pretas solteira, as babá As branca na capa, as sinhá Repara o rio, passado colonial Brasil, último país a abolir a escravidão Repara américa latina, repara os índio, os preto sangrando Repara quem pode entrar na europa, repara dívida histórica Repara as escalas, repara que é lá mas é aqui também Onde nasceu, cresceu, sua família, seus amigos Repara você no meio disso Seu sangue, seus ancestrais, como você é lido na rua Repara e diz se não faz diferença, se é tudo igual, democracia racial Repara e me diz se dá pra ficar de boa Se manter forte e altivo Repara sua saúde mental Sua bolha Repara quem surta, os rebelde, os vândalo Repara bandido, cracudo, drogado Quem não engoliu sapo Quem perdeu a linha, a cabeça Quem pirou Quem ficou chato Repara quem incomoda, repara quem é incomodado Repara quem apropria e quem é apropriado Repara como não dá pra tomar consciência sem ficar maluco, revoltado Então Repara que o verbo reparar pode significar notar, observar Mas também consertar, indenizar Repara que a interpretação depende do seu lugar. Repara - Banda Gente. Na contramão de Morgan Freeman Pedaleiras grita: Consciência humana é o carai! E o que vai rolar? Como disse Angela Davis: "Não basta não ser racista, é preciso ser antirracista". Então pra enegrecer esse rolé, tem episódio especial com melhores momentos das entrevistas com as deusas Iolly Amancio da Banda Gente e Natalia Matos da Punho de Mahin mandando papo retíssimo sobre política genocida do Estado, embranquecimento do Rock etc e tals. Seguindo o ensinamento de Chico César em Respeite meus cabelos, brancos: "... quando um preto fala / O branco cala ou deixa a sala / Com veludo nos tamancos...", quem fala sobre sobre o significado e a importância do 20 de novembro são mulheres negras amigas, podcasters e ouvintes: Paula Dri, dançarina e pesquisadora de dança (PE); Preta Lilith do podcast Programa Ponto G e Órfãs de Quitéria; Morena Moraes dos podcast Devaneios (ambas SP); Ana Escorpiana, representante de Vendas (RJ) e Janice Reallinas, assistente social (RJ). Você ouve também muito Rock n Roll com Banda Gente, Ratas Rabiosas e As Mercenárias e histórias de bicicleta com Patricia Melo Calazans e é claro, com a Paçoca Psicodélica! Vem dar esse rolé com a gente! Os cornos que fizeram essa edição: Paçoca Psicodélica e Alex Magrão. Apoio: Magdiel Cara-de-Peixe do Código 137 Facebook: https://www.facebook.com/pedaleiraspodcast/ Instagram: https://www.instagram.com/pedaleiraspodcast/?hl=pt-br Pedaleiras. Mais Mulheres no Rock. Mais Mulheres nas Bikes.
mostra meno