Com o avanço da implantodontia no Brasil, cada vez mais pessoas que perderam um ou mais dentes optam pelo procedimento. Com isso, surgem dúvidas sobre quem pode se submeter ao implante, a durabilidade e até do que é feito o dente ou dentes de um implante. Para responder essas e outras questões enviadas por um ouvinte, o Momento Odontologia desta semana conversou com o professor Marcelo Munhóes Romano, da Faculdade de Odontologia (FO) da USP, em São Paulo. Ao responder do que é feito um implante, o professor diz que é importante lembrar que, assim como os dentes naturais, os dentes implantados são divididos em parte coronária e parte radiculária, ou seja, a raiz e a coroa. A coroa é aquela parte que se enxerga na boca e a raiz onde fica a sustentação do dente. “No implante a raiz é feita do metal titânio em formato de um parafuso, já a parte coronária, quer dizer, a prótese sobre o implante pode ser feita de diversos materiais, como por exemplo, cerâmicas e a zircônia. Atualmente a novidade são as resinas impressas em impressora 3D. O professor afirma que toda ausência dentária pode ser substituída por implantes, o que vai trazer a vantagem de não precisar unir o dente substituto aos dentes vizinhos ou não precisar desgastar os dentes vizinhos. “Os implantes são alternativas ao tratamento mais conservador e também trazem uma vantagem grande dos dentes ficarem isolados para higienização.” Os cuidados com os implantes são basicamente os mesmos que se tem com os dentes normais. A prevenção, nesse caso, diz o professor, é a manutenção das condições bucais saudáveis, por isso uma boa higienização, utilizando as mesmas técnicas feitas com os dentes normais é muito importante, além das visitas regulares ao dentista. Os implantes são planejados para não serem substituídos, para eles durarem, todavia, o que pode levar a uma possível substituição, são fatores relacionados à questão biomecânica, desgastes, por exemplo, questões biológicas, que não estão, lógico, no nosso planejamento, ou questões relacionadas a prótese, que nesse caso são retratáveis sem perder os implantes. De acordo com o professor Romano, colocar implante não está relacionado à idade e sim a questão numérica. “É claro que com a idade, a nossa reparação tecidual é mais lenta, o que deve ser levado em consideração na estratégia do tratamento, mas, não é uma contraindicação e sim um cuidado.” Produção: Rosemeire Talamone Apresentação: Robert Siqueira CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição: Rádio USP Ribeirão E-mail: ouvinte@usp.br
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