De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral, 32 partidos políticos estão aptos a disputar os mais diversos cargos nas eleições deste ano./ Na lista, siglas ou nomes conhecidos e outros nem tanto assim./ O emaranhado partidário, no entanto, não representa a diversidade de pensamentos e ideologias e acaba mais embaralhando a cabeça do que ajudando o cidadão./ Além disso, muitos são criados para outros interesses, como argumenta o analista político e codiretor Nacional do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, Melillo Dinis./
Em algumas democracias do mundo, dois ou três partidos se destacam, mas isso não quer dizer que só eles existam./ Nos Estados Unidos e no Reino Unido, por exemplo, há bem mais partidos que os conhecidos Democrata e Republicano e o Trabalhista e Conservador, respectivamente./ Mas nada se compara ao Brasil./ Para Melillo Dinis que não possível ter alguma nação como referência, mas dá uma ideia do que seria a quantidade ideal.
Além do fim das coligações, que ajudavam a eleger políticos de partidos menores, a legislação eleitoral brasileira prevê mecanismos para tentar desestimular a existência de tantas siglas./ A cláusula de desempenho determina que para receber recursos do fundo partidário é preciso o partido alcançar 2% dos votos válidos para deputados federais, em pelo menos nove estados, ou bancada mínima de 11 deputados federais em nove estados.