Tem gente que adota o Mínimo Divisor Comum, uma versão do MDC, Máximo Divisor Comum que você aprendeu nas aulas de matemática. O Mínimo Divisor Comum é o máximo de simplificação a que posso chegar numa informação. Quanto posso eliminar de ironia, segundos sentidos, sujeitos ocultos, citações, referências e informações que exijam alguma ginástica cerebral? Sim, porque se complicar, ninguém vai querer consumir. Esse é o método utilizado pelos políticos ao se dirigir à população: a infantilização dos discursos, a redução das questões ao mínimo divisor comum, a absoluta falta de provocação ao pensamento crítico. É como Lula explicando o problema do aquecimento global porque o planeta é redondo ou José Serra explicando a gripe A porque os porquinhos espirram: a infantilização do debate, tratando os interlocutores como imbecis. Mais que isso, apontando para uma atitude: se seu interlocutor é um imbecil, seja também um imbecil. O resultado é isso que vemos por aí: o empobrecimento dos discursos, discussões rasas e sem qualquer capacidade de nos excitar intelectualmente. Excitam pela treta, pelas brigas, pela exuberância na forma. Mas no conteúdo, é uma pobreza só. “O mundo divide-se em pessoas boas e más. As boas têm um sono tranquilo. As más divertem-se muito mais.” Essa frase é de Woody Allen. Se você não sabe quem é Woody Allen, ou se sabe, mas não conhece a obra dele, não vai sacar a ironia. E só ficará com a superfície da citação. Entendeu? O Mínimo Divisor Comum é instrumento de mediocrização. Tô fora. No Youtube:
https://www.youtube.com/watch?v=e1QBvwEm5Jk Gostou? De onde veio este, tem muito, mas muito mais. Acesse
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