Ailton Krenak, o indígena imortal

5 apr 2024 · 16 min. 45 sec.
Ailton Krenak, o indígena imortal
Descrizione

Em setembro de 1987, um homem fez história. A cena aconteceu na tribuna da Assembleia Nacional Constituinte, onde discursavam algumas das pessoas mais poderosas do Brasil. Quem ocupava aquele espaço...

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Em setembro de 1987, um homem fez história. A cena aconteceu na tribuna da Assembleia Nacional Constituinte, onde discursavam algumas das pessoas mais poderosas do Brasil. Quem ocupava aquele espaço costumava defender projetos, ideais ou interesses pessoais, com o objetivo de influenciar na redação da Constituição Federal – que seria promulgada no ano seguinte.

Mas, naquele dia 4 de setembro de 1987, as câmeras registraram um rosto diferente do que costumavam registrar, e os microfones captaram uma voz que não soava como a dos homens brancos que dominavam a tribuna da Assembleia. Naquele dia, Ailton Krenak ocupou um lugar simbólico. Ele mostrou que os diversos povos indígenas brasileiros estavam lá, e que eles exigiam estar também na nova Constituição.

Conforme ia discursando, Ailton Krenak pintava sem pressa o próprio rosto com uma tinta escura e espessa. Ele tinha 33 anos. Ao final do discurso, a face e as mãos pretas contrastavam com o terno branco e a camisa branca que ele usava. E o seu discurso contrastava, claro, com o pensamento branco que predominava nos debates da Constituinte.

Nesta sexta-feira, 5 de abril de 2024, Ailton Krenak volta a subir uma tribuna e a ocupar um lugar simbólico. Neste dia, com 70 anos, Ailton Krenak toma posse na Academia Brasileira de Letras e se torna, oficialmente, o primeiro indígena a ocupar uma cadeira na instituição que existe há mais de 120 anos.

Para homenagear o ambientalista, poeta e filósofo que agora é o imortal da cadeira número 5 da ABL, a Amazônia Latitude ouviu acadêmicos, escritores, amigos e parceiros de luta. O depoimento de cada uma dessas pessoas ajuda a entender a grandeza de Ailton Krenak e por que sua obra foi reconhecida pela Academia Brasileira de Letras.

Produção e direção: Marcos Colón
Roteiro, locução e edição sonora: Filipe Andretta
Revisão: Isabella Galante
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Informazioni
Autore Amazônia Latitude
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