Não parece que o Brasil é uma gigantesca dissonância cognitiva? Por todo lado manifestações repletas de afirmações absolutas como “todo mundo”, “sempre”, “ninguém”, “nunca”, todas como conclusões genéricas de algum incidente em particular ou alguma evidência solitária. Um caso seletivamente escolhido serve como bandeira para a generalização. E dá-lhe dissonância cognitiva. Sabe o resultado? Desaprendemos a manifestar nossas dúvidas, a usar “quase”, “talvez”, “alguns”, “a maioria”, ”a minoria” e assim proporcionar o bom debate, evitando os malefícios da generalização. Estamos diariamente expostos a contradições, e o resultado delas, quando respondemos com generalizações e afirmações absolutas, é o surgimento dos justiceiros sociais exibindo virtudes, princípios, credos e valores morais que na verdade não possuem. São as generalizações que criam os donos da verdade. E aí é só contradição: pratica-se a censura para garantir a liberdade de opinião. Destrói-se a Constituição para garantir o contrato social. Mata-se em nome da paz. Rouba-se em nome da justiça social. Agride-se em nome da democracia. Quebra-se a Constituição em nome da segurança jurídica. Mente-se para proteger a verdade... Quanta gente você hoje conhece que diz uma coisa e age ao contrário? Que tem um pau que só dá em Chico, mas não dá em Francisco? Há quem chame isso de dissonância cognitiva, mas não é. Dissonância cognitiva é só o gatilho. O nome disso é hipocrisia.See
omnystudio.com/listener for privacy information.
Commenti